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domingo, 3 de maio de 2009

PELE NA GESTAÇÃO


Durante a gravidez o corpo da mulher passa por diversas alterações imunológicas, metabólicas, endócrinas e vasculares.
As alterações da pele relacionadas à gravidez são causadas por causa de hormônios produzidos na gestação. Praticamente todos os sistemas são afetados durante a gravidez e a pele não escapa à esta mudança, que decorre das alterações hormonais ou externas. Por isso existe a necessidade de cuidados especiais neste período.
As pessoas apresentam características individuais e os cuidados da pele da gestante também devem obedecer as orientações determinadas pelo médico dela ou se for necessário procurar um dermatologista, pois existem condições que podem ser prevenidas e, desse modo dispensam a necessidade de tratamentos posteriores à gravidez.
Os problemas cutâneos na gestante, se não tratados, podem gerar estigmas que acompanham as pacientes por anos ou definitivamente. Embora muitas destas sejam descritas como fisiológicas ou próprias da gravidez, isso não diminui o desconforto estético provocado.
As manchas podem desaparecer espontaneamente após o primeiro ano do parto, mas um grande percentual das pacientes evolui com persistência da mancha, principalmente se não se proteger adequadamente do sol e não tratar de forma eficaz.
As alterações pigmentares da gravidez incluem hiperpigmentação e/ou melasma, que são manchas acastanhadas na pele. A hiperpigmentação (excesso de pigmentação) é comum durante a gravidez e pode ser vista em até 90% das gestantes. Essas alterações podem ser relacionadas a níveis sangüíneos elevados dos hormônios femininos estrógeno e progesterona ou ainda do hormônio estimulante dos melanócitos, as células produtoras de pigmento da epiderme.
É comum ver hiperpigmentação leve generalizada como nas aréolas, mamilos, pele genital, axilas e a parte interna das coxas. Ocasionalmente ocorre hiperpigmentação das sardas e cicatrizes. Essas alterações pigmentares são extremamente comuns e podem se iniciar precocemente. A mancha escura que compromete o centro da face, nariz e bochechas pode se estender para a testa e o queixo. Essas características são observadas em até 75% das gestantes, sendo mais comum em pessoas com pele morena.
Por causa das mudanças orgânicas da gravidez, as mulheres que já têm acne (cravos e espinhas) podem apresentar desde melhora até agravamento do problema, dependerá das reações do organismo de cada uma delas. O efeito sobre a acne é imprevisível, mas em muitas pacientes desenvolvem-se acnes pela primeira vez durante a gravidez. Entretanto, dependendo da predisposição pessoal da gestante, ela poderá desenvolver manchas no rosto ou ter agravada uma acne preexistente, por influência hormonal e fatores ambientais, como exposição solar exagerada, medicamentos eventualmente usados e outros.
O sol é um dos elementos importantes no desencadeamento dessas manchas, razão pela qual a mulher, durante a gestação, deve ser orientada a usar protetores solares adequados, além de evitar a exposição solar exagerada.
Os especialistas ressaltam que existem restrições a determinados produtos durante a gestação, como por exemplo os que contêm alguns ácidos, como o retinóico, e medicamentos que possam sensibilizar mais a pele aos efeitos dos raios solares.
Uma dúvida comum das gestantes é quanto ao uso da maquiagem. Dentro dos padrões comuns a maquiagem está liberada. O uso de qualquer produto durante a gravidez deva ser sob orientação médica, inclusive os de beleza.
A gestante deve:
• Restringir ao máximo o uso de cosméticos ou usá-los sob orientação médica;
• Evitar exposição solar em horários não recomendados;
• Usar filtro solar diariamente;
• Manter boa higienização da face com sabonete neutro;
• Em casos de acnes, procurar orientação médica e evitar a automedicação;
• Manter a pele hidratada com cremes industrializados ou manipulados como medida de prevenção das estrias;
• Evitar o uso de ácidos e procedimentos como o peeling, laser, microdermoabrasão;
• Evitar tinturas e qualquer outro processo químico nos cabelos.

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