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quarta-feira, 30 de junho de 2010

AS 100 MIL FACES DA BELEZA

O centenário da L’Oréal foi a ocasião que juntou especialistas para reunir, numa obra inédita, o passado, o presente e o futuro da beleza.

Cem mil anos de beleza confirmam-nos que, ao contrário da noção generalizada, este não é um conceito recente (dos últimos séculos), mas que existe desde os primórdios da vida humana. Se hoje é uma das maiores preocupações e cuidados das mulheres (e homens), por que não o seria também na pré-história? Esta e outras perguntas têm respostas exaustivas e documentadas em 100 000 Ans de Beauté, uma obra inédita composta por cinco volumes, sobre a história da beleza humana e as suas representações desde a Pré-História aos nossos dias, lançando ainda um olhar perspectivo sobre o futuro. Trezentos autores juntaram-se à Fundação L’Oréal num contributo único que deu origem a uma obra que confirma a beleza como um conceito intrínseco à humanidade, testemunhando a forma como sempre se revelou.

Cada volume é dedicado a um período específico da história – Pré-História, Antiguidade, Classicismo, Modernidade e Futuro –, denunciando que a beleza se manifesta das mais distintas e originais maneiras, ultrapassando o espaço geográfico, cultural e temporal. No ano em que se celebra o centenário da L’Oréal, este lançamento representa uma das iniciativas comemorativas da data e, simultaneamente, tenta clarificar o conceito central da sua actividade, muitas vezes tida como frívola e fútil, como um conceito-base da construção do eu e da relação entre indivíduos.

ANTIGUIDADE

Desde a construção da primeira pirâmide, no Egipto, passando pelos Jogos Olímpicos, na Grécia Antiga, a fundação do Império Romano, terminando nos povos sul-americanos, este volume lança um olhar sobre as antigas civilizações. Reflexões sobre as proporções, as faixas etárias, a simetria, a busca pela harmonia são conceitos que nascem nesta época. Surgem as primeiras fragrâncias, as ligações mitológicas, a noção do homem perfeito mas também a de uma beleza perigosa. Quem não se recorda da estátua de David? Ou da tentadora Afrodite? São histórias que ainda se encontram presentes na nossa cultura e concepção quotidiana de beleza.



PRÉ-HISTÓRIA

Apesar do principal termo para descrever esta época ser o de primitivo, há um enfoque para o facto de ter sido marcada por experiências estéticas – a invenção das cores, a ornamentação dos corpos –, exibindo símbolos através dos quais era revelada a pertença a um grupo, fosse ele social, de género ou de hierarquia, algo que ainda hoje acontece. Esculturas e pinturas mostram-nos o antiquíssimo apreço pela beleza. Apesar da óbvia ficção do filme, poderíamos até pensar em Raquel Welch em Um Milhão de Anos Antes de Cristo para estabelecer um paralelismo e tentar evidenciar a sensualidade de uma mulher das cavernas.

CLASSICISMO

O conceito de beleza desenvolve-se a um ritmo acelerado, ligado a uma criatividade sem limites. Os modelos estéticos das cortes europeias e asiáticas, como símbolos de poder e hierarquia, que vão desde os gigantescos penteados e coloridos ornamentos, nas primeiras, a uma atitude comparativamente mais minimalista e expressiva de efemeridade, nas segundas, intensificam a diferença entre geografias. Simultaneamente, a mulher torna-se no principal expoente de beleza, com as representações centradas nos elementos que espelham a alma.

MODERNIDADE

Em meados do século XIX, o conde Arthur Joseph de Gobineau afirmava que uma hierarquia natural colocava a raça caucasiana, cujas características passavam pela “beleza, força física e inteligência”, acima de todas as outras. Nascia a teoria da supremacia dos povos. Mas apesar desta concepção, o conhecimento do “Outro” foi-se tornando mais estreito. A emancipação feminina, as viagens frequentes, o fim dos impérios coloniais facilitaram o favorecimento de conceitos dicotómicos igualdade/dis cri minação, tradição/pro - gresso, homogeneidade/diferença, con ven cio - na lismo/rebelião e, consequentemente, do nascimento da beleza como liberdade.

FUTURO

Uma das páginas iniciais deste volume descreve, por tópicos datados, a antecipação de um futuro que hoje nos parece ficção. Travar o envelhecimento e a morte, tecnologias integradas nos corpos, a mistura do real com o virtual são algumas das hipóteses que se colocam à reinvenção do eu e da estética individual e ao relacionamento com o outro. Um misto de expectativa e receio são sentimentos que se revelam perante as possibilidades que o futuro nos trará.


Por: Carolina Silva
FONTE máxima: http://sub.maxima.xl.pt/0210/bleza/td/100.shtml

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